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Ricardo Capelani, arte no restauro de móveis

Em sua oficina, atividade é realizada há 38 anos

Ricardo Capelani, sobre restaurar móveis. "É um trabalho específico, minucioso, que tem o seu tempo. Não pode ser feito com pressa"
Foto: Rogério Bordignon

Filho dos saudosos Guilherme Capelani e Antonia de Oliveira Capelani, Ricardo Capelani nasceu em Jaboticabal no dia 18 de agosto de 1953. Com seu pai, aprendeu o ofício de restauro em móveis. Em 1984, Ricardo mudou-se para Matão e foi trabalhar na extinta Fábrica de Móveis Lilian, de Moacir Chiquitelli.

Progressivamente, ele montou uma oficina no fundo da sua casa e a quantidade de móveis a serem restaurados aumentou com o passar dos anos. “Exceto o meu período de trabalho em Jaboticabal, somente em Matão são mais de 40 anos neste ramo, dos quais 38 como restaurador de móveis em minha oficina”, cita Ricardo, irmão do saudoso Carlos Eduardo, de Sônia, Aparecida, Maria Inês, Wilson e Kátia. Pai de Djair, Rosimeire, Marcos, Marcelo e dos gêmeos Roberto e Renato, Ricardo tem 16 netos.

Todos os clientes de Ricardo são de Matão. “Todos sempre foram muito honestos comigo. As portas estão abertas para eles e para quem mais chegar”, frisa ele, que restaura mesas, cadeiras, prateleiras, cristaleiras, escrivaninhas, armários, enfim, qualquer peça. “Até piano já restaurei”, salienta. “Restauro qualquer peça em madeira, nada de MDF ou aglomerado. Quanto mais danificado o móvel, mais elogiado é o meu trabalho, na verdade, por um serviço essencialmente artesanal”, comenta.

“É um trabalho específico, minucioso, que tem o seu tempo. Não pode ser feito com pressa, pois todos sabem que ‘a pressa é inimiga da perfeição’. Posso considerar, mantendo a minha humildade, que algumas peças se tornam objetos de arte. Gosto muito e tenho bastante paciência para revitalizar uma peça totalmente danificada”, menciona Ricardo.

Certa vez, ele restaurou toda a parte de móveis em madeira da Farmácia São José, de Cyro Virgílio Modé Filho (Cyrinho) e sua esposa Rosa Lilia Mastropietro Modé. “Foi uma jornada que durou quase um mês e meio”, lembra. Além de outros exemplos, ele se recorda de uma escrivaninha trazida por Adeliane Antoniosi em estado precário. “Recuperei plenamente e a escrivaninha se tornou uma relíquia da Adeliane”, salienta.

Ricardo tem a colaboração da esposa Elizabete Delboni Rodrigues Capelani, que o ajuda nas peças em cedro, pinho, imbuia, peroba rosa, jacarandá, cerejeira e em outros tipos de madeira. “Minha esposa é uma grande parceira, pois o acabamento final é feito por ela. A contribuição dela valoriza a minha arte. Nos completamos até na profissão, pois ela é tão caprichosa e detalhista quanto eu. Já são 52 anos de convívio”, frisa Ricardo.

 


Fonte: Rogério Bordignon


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