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Perda: Reynaldo Yoshizaki faleceu

Morte do fotógrafo ocorreu na noite da terça-feira (8), aos 69 anos

Reynaldo Yoshizaki. Dos 69 anos de vida, 55 anos foram dedicados à arte da fotografia
Foto: Rogério Bordignon

Por volta das 22 horas da terça-feira (8), Reynaldo Yoshizaki morreu no Hospital ‘Carlos Fernando Malzoni’, onde estava internado desde o último dia 20 de setembro para tentar se recuperar de um infarto. Não suportou e faleceu, aos 69 anos, vítima de falência múltipla de órgãos decorrente do agravamento de seu quadro clínico.

Seus pais, Toshio e Fuzie, tiveram outros dez filhos: Edson, Rosa, Alberto, José, Mário, Oscar, Antonio, Elza, Armando e Leiko (Cidinha), dos quais partiram Rosa, Alberto, Antonio e Cidinha. Reynaldo nasceu no dia 10 de agosto de 1955, na Colônia Hirano, município de Cafelândia (SP), onde ouvia sempre o rádio, hábito mantido ao longo da vida.

Foi para Passos (MG) no começo de 1969, trabalhar por comida, residência e roupa na Foto Simozono, que havia adquirido a Yokoyama. Dormia na casa do patrão. No início de 1972, foi para a Foto Kazuo, de Goiânia (Goiás). Em setembro de 1975, ele e o irmão José chegaram a Matão num Fusca 1.300 cilindradas, ano 1969, somente com as roupas que os vestiam.

Alugaram um salão na Rua Pedro Perches de Aguiar, número 638, esquina com a 15 de Novembro, e comiam na pensão da saudosa ‘Dona’ Natalina Fernandes, no extinto Hotel Central. Compraram dois colchões e dormiam no próprio salão. O trabalho foi aumentando e, muitas vezes, acontecia das 8 às 21 horas, sem considerar as saídas para coberturas fotográficas.

O matrimônio de Reynaldo e Marisa ocorreu no dia 25 de julho de 1987, gerando os filhos Lucas e Anelise. Em 55 anos de atividade fotográfica, Reynaldo atendeu a milhares de pessoas na Foto Yoshizaki, ‘fez’ incontáveis casamentos, batizados, aniversários, fotos para documentos e passaportes, books, fotojornalismo, revelações, ampliações etc.

Entre tantas conversas com o Corinthiano Reynaldo, sobretudo na Foto Yoshizaki, jamais me esquecerei de duas passagens: quando tive uma forte depressão (2000 a 2001), ele me levou numa benzedeira, a senhora Antonia, que somente recebia produtos alimentares por suas rezas. E foi por ele que eu fiquei sabendo que o saudoso padre Amador Ramon havia colocado peruca.

Detentor de uma simplicidade digna de muita admiração e profundo respeito – assim como os irmãos –, Reynaldo conversava com um sorrido no rosto. O espírito leve e a fala peculiar, com quantidade resumida de palavras, mas sempre bem colocadas e entendidas, o acompanharam por 55 anos no mercado fotográfico, praticando a profissão com muita competência e excelente qualidade.

A disposição das coisas na Foto Yoshizaki, o jeito de Reynaldo, José e Elza, o despojamento, a atenção e o profissionalismo dedicados aos clientes são marcas inesquecíveis. É verdade que Cristiane – filha de José e da sua falecida esposa Cida – tornou o ambiente da loja mais prático e atualizado há alguns anos, mas a essência permaneceu naquele memorável lugar.

Os familiares agradecem aos médicos, enfermeiros e funcionários do Hospital ‘Carlos Fernando Malzoni’, bem como às pessoas que foram ao velório e ao sepultamento do corpo de Reynaldo, ocorrido no início da tarde da quarta-feira (9), assim como a quem manifestou seus pesares. A Missa de Sétimo Dia foi realizada na Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de Matão, na segunda-feira (14), às 19 horas.


Fonte: Rogério Bordignon


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