Fernando Frare conquista seu 13º título Matonense
Ao vencer Fabiano Vidoto, ele iguala o feito de Alzir Biava no xadrez
- Postado por Ingrid Alves |
- terça, 11 de dezembro de 2018 | 09:04 hs
No encerramento do 56º Campeonato Matonense de Xadrez (Absoluto), em 2017, Mario Silas Biava foi homenageado com um jogo de xadrez de 1945, restaurado pelo marceneiro Nelson Ricci a pedido do Clube de Xadrez de Matão (CXM). Na ocasião, Mario destinou o jogo que ganhou ao clube. “Estará em casa, pois o CXM também é minha casa”, resumiu.
Foi com este jogo de xadrez que Fernando César Frare e Fabiano Vidoto disputaram o título da 57ª edição do Campeonato Matonense em duas partidas. No último dia 1º, Frare ganhou de Fabiano jogando com as brancas e, na noite da quarta-feira (5), voltou a vencer, desta vez com as pretas. Este foi o 13º título Absoluto de Frare, igualando o feito de Alzir Biava.
Em 2011, no 55º Matonense, Frare se igualou ao filho de Alzir, Mario Silas Biava, ao conquistar seu 12º título. O primeiro dos 13 de Alzir veio em 1948 e o último, em 1983. Frare ganhou em 1989, de 1992 a 1995, em 1997 e de 2006 a 2011. Venceu sete dos últimos oito campeonatos, sendo interrompido em 2017 por Filipe Tella Guerra. Cabe um registro: Frare não disputou o Absoluto no ano passado.
“Pensei que demoraria mais tempo para alcançar o Alzir. Nunca terei a importância e a dimensão dele e do Mario diante do CXM, pois seus nomes estão umbilicalmente ligados ao clube, sobretudo o de Alzir, que praticamente criou o CXM, tornando-o maior celeiro de bons jogadores do Interior Paulista. Para Mario, como seu próprio punho registrou numa fotografia com sua face, o clube foi criado para ele! (risos). É uma honra viver este momento, uma felicidade histórica!”, resenha Frare.
Este Matonense começou no último dia 18 de agosto. A classificação final é a seguinte: campeão, Frare; vice, Fabiano; em 3º lugar - Reginaldo André Albano (Jones); 4º - Luiz Fernando Chagas; 5º - Rafael Damus Masselani (Alemão); 6º - Fabrício Ricardo Dias (Fischer); 7º - Mario Biava; 8º - Filipe Guerra; 9º - Guilherme Amorim; 10º - Wanderlei José da Silva; 11º - Matheus Nonis Passerini; 12º - João Luiz Guimarães; 13º - Sandro Elias Graziosi; 14º - Rogério Bordignon e 15º - Gustavo Antonio Santos de Oliveira (desistente).
HISTÓRIA
A primeira edição do Absoluto aconteceu em 1942, sendo campeão Arnaldo Dalmiglio (Neno). Após o primeiro título em 1948, Alzir teve uma série de quatro conquistas (1948, 1950, 1951 e 1953), atingindo a 13ª em 1983. O 12º e último título de Mario ocorreu em 2004. A ‘Hegemonia Biaviana’, com Alzir ou Mario campeões, abrangeu o período de 1948 a 1977, com 22 campeonatos.
No período desta sequência, em alguns anos o Matonense não foi disputado, sendo que os Biava somente não foram campeões em 1963 (Neno) e 1974 (Paulo Elias Alane Franchetti), sendo que em 1977, Alzir e Mario partilharam o título. O outro maior campeão, Frare, também obteve duas grandes sequências ininterruptas: 1992 a 1995 e de 2006 a 2011.
Seguem os outros campeões e suas quantidades de títulos Absolutos: Neno (4); Jayme Augusto Cicogna Gimenez (4); Hugo Gandini, Fernando Vidotto e Leonardo Vicente Vivaldo (dois cada). Com um título cada, Paulo Franchetti, Genésio Arakaki Júnior, Fabiano Vidoto, Felipe De Cresce El Debs e Filipe Tella Guerra. Destaca-se que, desde 1942, o Matonense não foi realizado em alguns anos.
Fonte: Rogério Bordignon
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