/** PIXELS **/ /** PIXELS **/ A Comarca | População não sabe identificar sepse


População não sabe identificar sepse

Infecção generelizada é a que mais mata pacientes em UTI


Febre, taquicardia, fraqueza, falta de ar. Sintomas como esse podem ser característicos de qualquer infecção, mas você já pensou que a junção de todos eles pode ser sepse? Conhecida popularmente como infecção generalizada, a sepse é, na verdade, uma inflamação generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode acarretar em danos graves ao paciente, levando a parada de funcinamento de um ou mais órgãos, com risco de morte se não descoberta e tratada rapidamente.

De acordo com o médico intensivista, Dr. Flávio Borsetti, a sepse é a principal causa de mortes nas unidades de terapia intensiva (UTIs). “Esse agravamento da infecção mata mais do que o infarto do miocárdio e do que alguns tipos de câncer. No Brasil, temos uma das maiores taxas de mortalidade pela sepse no mundo, com cerca de 240 mil óbitos no ano. Ficamos atrás de países como Índia e Argentina”, explica o chefe do serviço de Terapia Intensia do Hospital 'Carlos Fernando Malzoni'. Para Borsetti, o alto número de óbitos decorretentes da sepse tem um grande vilão: o desconhecimento sobre a síndrome, tanto pela população, quanto pelos profissionais de saúde. “O desconhecimento leigo a respeito da síndrome, aliado ao também desconhecimento técnico de boa parte de profissionais médicos sobre os critérios diagnósticos, sem dúvidas, resultam no atraso diagnóstico da sepse. Esse quadro precisa mudar, a população pode ajudar conhecendo o que é a sepse, isso já é um importante passo nessa luta que não é apenas dos profissionais de saúde, mas de todos nós”, comenta o médico.

Como identificar a sepse?

Embora não haja um sintoma específico, toda pessoa que passa por uma infecção e apresenta febre,  aceleração do coração, respiração mais rápida, fraqueza intensa deve ficar atenta. “Existem também os sintomas de maior gravidade como pressão baixa, diminuição da quantidade de urina, falta de ar ou sonolência excessiva. A aparição desse sintomas é o sinal de alerta e a pessoa deve procurar com urgência assistência médica”, explica o intensivista, que ainda completa. “Em tese, qualquer infecção leve ou grave pode evoluir para sepse - sendo as pneumonias , infecções urinárias e infecções abdominais as mais comuns. Dessa forma, quanto mais rápido for realizado o diagnóstico, menor a chance do desenvolvimento da sepse”, afirma Borsetti.

Dia de combate a Sepse

Dia 13 de Setembro foi escolhido como o Dia Mundial da Sepse, a data tem como principal objetivo chamar a atenção sobre a sepse, tanto para profissionais de saúde quanto para o público em geral, de forma a educar a população sobre a doença e, assim, contribuir para mudar o quadro preocupante da incidência e mortalidade por ela no mundo.  

No Hospital 'Carlos Fernando Malzoni', a campanha é encabeçada pelo Centro de Neurológico de Pesquisa e Reabilitação (CeNP-Reab) e equipe da Unidade de Terapia Intensiva.  A iniciativa veio do Presidente do CeNP-Reab, Dr. César Minelli, que pretende discutir mais sobre a temática junto aos profissionais de saúde. “Precisamos falar mais sobre sepse, falar de forma que a população compreenda a gravidade desse quadro e que saiba identificar precocemente os sintomas que levam a infecção e, principalmente, treinar os profissionais de saúde a relacionar os sintomas a sepse”, explica. A palestra, que será ministrada pelo médico intensivista, Dr. Flávio Borsetti, será realizada no Centro de Ensino e Pesquisa (CEP) do Hospital – antiga OAB – e é voltada para os colaboradores e estudantes do internato de Medicina do Hospital.


Fonte: AIHCFM


  • Compartilhe com os amigos:


Deixe um comentário



Comentários