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Desabrigados do assentamento estão acampados em Bueno

Famílias pedem terra para voltar a plantar e criar animais; nenhuma procurou Assistência em Matão até o momento

Foto: A Cidade On

Desde a tarde de quarta (20) circulam pelas redes sociais pedidos de ajuda às famílias despejadas do Acampamento Novo Horizonte. É que sessenta e cinco famílias estão em um terreno às margens do trilho, no distrito de Bueno de Andrada, sem ter para onde ir.  

De acordo com o Secretário de Assistência e Bem Estar Social de Matão, Carlos Rondanin, nenhuma família procurou a secretaria na cidade em busca de ajuda. "Matão não foi citada na ação. Ficamos sabendo o que estava acontecendo através da secretária de Araraquara. Agora estamos de prontidão para atender as famílias através da Lei de Benefícios Eventuais, com elaboração de uma ficha social de avaliação das condições de cada um para saber como podemos ajudar, mas até o momento não tivemos nenhuma procura", relata Rondanin.

Ele acredita que as famílias que vieram a Matão estão na casa de parentes.

O que aconteceu
A Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), através de uma ação de reintegração de posse, tomou as terras invadidas há três anos, dentro do assentamento Monte Alegre, que fica na divisa dos municípios de Araraquara e Matão. No local viviam 270 famílias, divididas em lotes de seis metros quadrados cada, onde plantavam e criavam animais.  
 
Luciano Chagas Sobrinho, líder do movimento, diz que estas famílias estão na rua. "Vivíamos do que plantávamos e morávamos em barracos dentro do assentamento. Sem água, sem energia, sem ajuda nenhuma. Conseguíamos sobreviver da terra, mas agora não temos mais nada", diz ele.  
 
Em um terreno público, às margens da ferrovia, em Bueno de Andrada, cerca de 100 pessoas, entre elas 30 crianças, montaram um acampamento com alimentos que conseguiram trazer do assentamento e mais algumas coisas que foram doadas. Nesta quarta-feira (20), muitos voluntários foram até o local e levaram também colchões e cobertores.  
 
Nesta quarta-feira equipes de assistência social da Prefeitura de Araraquara foram até os desabrigados, mas não conseguiram conversar muito. "Queremos terra. Queremos voltar para a terra. Queremos que o Estado nos ajude. Caso contrário vamos ficar aqui acampados", diz Luciano Chagas.    
 
Itesp 
O Itesp diz que a desapropriação foi necessária porque a área ocupada por estas famílias deve ser destinada à reserva ambiental. Agora, quanto aos desabrigados, a Fundação afirma que não tem terras no Estado para distribuir para estas famílias.

Ajuda 
Em nota, a Prefeitura de Araraquara informa que prestará, por meio dos diversos setores municipais, a assistência e cuidados possíveis às famílias do então acampamento Novo Horizonte. 

Com informações: A Cidade On


Fonte: Da Redação


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