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Já falta combustível em Matão

Greve de caminhoneiros compromete abastecimento; filas se formaram nos postos

Foto: Ingrid Alves

A greve dos caminhoneiros, que começou há alguns dias, já compromete o abastecimento de produtos em Matão. Em alguns postos de combustível, as bombas esvaziaram na noite da quarta-feira (23). Onde ainda tem combustível, o volume é baixo, pois longas filas de veículos se formaram nos estabelecimentos.

De acordo com os proprietários de postos ouvidos pela reportagem de A Comarca, os pedidos para mais combustível foram feitos ainda na tarde da quarta-feira, mas os caminhões não conseguem entrar e nem sair do terminal de abastecimento em Ribeirão Preto.

No Auto Posto Benassi, por exemplo, etanol e gasolina acabaram na noite de quarta-feira. Pela manhã da quinta restava um pouco de óleo diesel. Só o abastecimento com gás GNV estava garantido. Por volta das 11 horas, no Auto Posto Imperador, André Colombera (proprietário) previa que o combustível acabasse à tarde. Mais de 40 carros aguardavam em fila ao longo da Avenida Baldan.

No Auto Posto Alameda, 80 veículos esperavam para abastecer, tanto pela Alameda da Saudade como pela Avenida Laert Tarallo Mendes. De acordo com o sócio-proprietário Ademir Broio, duas carretas estavam sendo carregadas de combustível direto de uma usina em Itápolis. “Elas conseguiram carregar, só não sabemos se conseguirão chegar a Matão”, ressaltou.

O movimento também era intenso no Auto Posto Primavera. De acordo com Valdelara Batistela, sócia-proprietária do estabelecimento, a procura por combustíveis aumentou muito nas primeiras horas da manhã da quinta-feira. “Já fizemos o pedido por mais combustível, mas não há nenhuma previsão de entrega”, disse.

 

SUPERMERCADOS

Os supermercados estão abastecidos, porém, alguns preços já aumentaram e algumas entregas estão comprometidas. Segundo a gerente de um supermercado da cidade, frango, bebidas e hortifrutis não foram entregues nesta quinta-feira. “Nosso abastecimento está normal, porque temos estoque para pelo menos uma semana”, comentou.

 

GREVE

Os caminhoneiros protestam contra a disparada do preço do diesel, que faz parte da política adotada pela Petrobras desde julho. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de cerca de 8% no ano. O valor está muito acima da inflação acumulada no ano de 0,92%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A paralisação dos caminhoneiros ocorre em todo o País. Vários trechos estão sendo interditados como forma de protesto. Apenas caminhões com cargas vivas, alimentos perecíveis e oxigênio estão podendo passar pela barreira imposta pelos manifestantes.

 


Fonte: Ingrid Alves e Mariluci Schiavetto


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