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Prefeitura promove formação sobre educação antirracista

Professora Mestre em Direito e Criminologia da Universidade de Brasília (UnB), Deise Benedito, ministrou palestra

Palestra foi destinada a voltada a todos os profissionais da educação que atuam na rede municipal
Foto: Divulgação

A Prefeitura de Matão, por meio da Secretaria de Educação e Cultura, promoveu mais uma formação enriquecedora com foco na educação racial, um tema essencial para a construção de um ambiente escolar mais inclusivo e respeitoso. O evento  foi cuidadosamente planejado para proporcionar um espaço de reflexão, aprendizado e fortalecimento das práticas pedagógicas.

A ação, voltada a todos os profissionais que atuam na rede municipal, contou com a participação especial da professora Mestre em Direito e Criminologia da Universidade de Brasília (UnB), Deise Benedito, que ministrou a palestra intitulada “Por uma educação antirracista: Repensando práticas pedagógicas”.

Durante sua fala, Deise proporcionou uma reflexão profunda sobre a história de resistência e luta dos povos indígenas e africanos, explorando os contextos históricos que deram origem a essas raízes. Ela discutiu as teorias racistas que permeiam a sociedade e a importância de abordagens pedagógicas sensíveis à realidade social e às questões raciais presentes no cotidiano escolar. Além disso, abordou a criminalização do racismo no Brasil e destacou formas eficazes de promover uma educação antirracista, essencial para desconstruir estigmas e criar ambientes escolares acolhedores.

O prefeito Cido Ferrari  participou destacando a relevância do tema e o compromisso da administração em promover ações de inclusão. “Reconhecemos a importância dos nossos profissionais, e esta é uma oportunidade para todos conhecerem as diferentes formas que o racismo se manifesta. Com esta formação tão essencial da professora Deise que nos compartilhou informações tão valiosas da nossa história, queremos colaborar com a educação da sociedade e garantir que em nossas escolas  as relações sejam de respeito”.

A diretora do Departamento de Educação, Claudionice Pereira Bellintani, complementou a fala do prefeito, destacando a relevância de ações antirracistas no ambiente escolar. “Somos fundamentais para impedir a discriminação e a segregação do espaço educacional, um coletivo que pode promover uma escola que pulsa respeito. Podemos inspirar o desejo de promover um mundo que celebre e proteja a democracia e os direitos humanos. O racismo é um tema tão enraizado em nossa sociedade que ações antirracistas são urgentes”, enfatizou. 

 

COMITÊ ANTIRRACISTA

 

Recentemente, a Prefeitura de Matão criou, através da portaria nº 15.814, o “Comitê Antirracista das Escolas da Rede Municipal de Ensino”, a fim de consolidar e propagar a cultura e a educação antirracista nas escolas e contribuir na formação de profissionais comprometidos com a causa da educação antirracista em seus espaços de atuação, contribuindo para o enfrentamento do racismo estrutural no país.

“O Comitê Antirracista tem como missão desenvolver estratégias para enfrentar o racismo no sistema educacional, combater o preconceito racial e promover a valorização da identidade negra e do protagonismo afro-brasileiro. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura será responsável por elaborar, coordenar e monitorar, em diálogo com os comitês antirracistas as ações formativas e afirmativas realizadas dentro das unidades educacionais. Sabemos que pequenas ações junto à comunidade escolar desempenham grandes resultados na promoção dos direitos e respeito para toda a sociedade”, explicou o secretário de Educação e Cultura, Marcelo Prado. 

Entre as principais atribuições do Comitê, estão: elaborar plano de formação para a autodeclaração de raça do corpo discente, docentes e funcionários que atuam na unidade escolar;  propor e acompanhar todas as coletas de dados realizados e que colaboram para que se tenha um perfil racial dos estudantes e servidores; orientar e acompanhar a atuação da comunidade educacional nas situações de violência racial; formular, implementar e avaliar ações, numa perspectiva interseccional, de enfrentamento ao racismo institucional nas escolas municipais; participar da construção de políticas afirmativas para a equidade étnico-racial nas escolas; favorecer processos de formação e conscientização da comunidade (estudantes, familiares, corpo docente, gestores e funcionários) sobre/para a equidade nas relações étnico raciais; acompanhar as estratégias de aplicação das Leis nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003 e nº 11.645, de 10 de março de 2008, sobre a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileiras e indígenas, nos múltiplos segmentos das escolas; propor uma análise curricular a partir de pesquisa e aprofundamento acerca das culturas indígena, africana e afro-brasileira; envolver o coletivo de pais e mães da unidade escolar para consolidar uma agenda antirracista; manter comunicação com órgãos, associações, movimentos negros e demais coletivos que atuem na luta antirracista; envolver o Conselho Tutelar para assessoramento das unidades educacionais no combate ao racismo e à violência racial; construir um memorial com as boas práticas de uma educação antirracista; e outros.


Fonte: Assessoria de Imprensa da Prefeitura


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